Apoio social percebido e saúde mental de comunidade acadêmica discente de faculdade de medicina
DOI:
https://doi.org/10.59255/mmed.2025112Palavras-chave:
apoio social, saúde mental, estudante de medicina, ansiedade, depressão, estresseResumo
Introdução: O curso de medicina pode impactar significativamente na saúde mental dos discentes e sofre influência do suporte social percebido. Objetivos: avaliar a associação entre saúde mental e a percepção de suporte social em estudantes de curso de medicina de faculdade particular no interior de São Paulo. Materiais e Métodos: Estudo observacional quantitativo, com aplicação de questionário sociodemográfico e dois instrumentos: DASS 21 (Depression, Anxiety and Stress Scales) e MSPSS (Multidimensional Scale of Perceived Social Support). Resultados: Dos 183 participantes, 43,2% são do primeiro período; 71,6% são do sexo feminino, condizente com demografia médica; 42,0% residem sozinhos. Quanto ao Núcleo de Apoio ao Estudante, 20,9% dos alunos recorreram a seus serviços e 14,8% receberam contato da equipe oferecendo acolhimento. A maioria dos estudantes (66,0%) não participa de ligas acadêmicas, entretanto 42,6% participam de organizações estudantis, o que se associou positivamente aos sinais de estresse e ansiedade. Não houve associação entre apoio social e distância da cidade de origem. Quanto à saúde mental, 35% faziam acompanhamento clínico, fato que apresentou relação direta com sinais de ansiedade e estresse. O uso de medicação em saúde mental foi relatado por 27,9%. A automedicação em saúde geral foi referida por 29,0%, menor que apontado na literatura. A prática de atividade física teve relação inversa com sinais de depressão. A necessidade de acompanhamento em saúde mental, prévio ao ingresso na faculdade, foi associada aos três componentes do DASS 21, corroborando a literatura. Conclusão: O apoio social percebido foi inversamente relacionado aos três componentes do DASS 21.
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