Projeto Medicina Solidária: análise das contribuições do projeto e da segurança alimentar dos usuários de casas de apoio em Barretos
DOI:
https://doi.org/10.59255/mmed.2025118Palavras-chave:
medicina, estudantes de medicina, insegurança alimentar, moradias assistidasResumo
Introdução: O projeto Medicina Solidária (MEDSOL), desenvolvido pela ONG Projeto de Assistência às Populações (PAP), envolve os alunos recém ingressos da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB) e tem o intuito de arrecadar alimentos, produtos e derivados, para as casas de apoio da cidade de Barretos. Objetivo: Analisar a percepção dos funcionários das casas de apoio de Barretos acerca das contribuições do projeto MEDSOL para essas instituições e investigar a segurança alimentar de seus moradores/frequentadores. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado com funcionários e moradores/frequentadores das casas de apoio. Aos funcionários foi aplicado um questionário sociodemográfico e questões relacionadas à contribuição do projeto para a instituição. Já os moradores/frequentadores responderam a dois instrumentos: um questionário estruturado com variáveis sociodemográficas e percepção sobre a contribuição do projeto e o questionário Food Insecurity Experience Scale (FIES), utilizado para avaliação da segurança alimentar. Resultados: Participaram do estudo 48 funcionários e 50 moradores/frequentadores das casas de apoio. A maioria dos funcionários reconheceu o impacto positivo do MEDSOL para a manutenção das instituições, embora mais de 40% desconheciam detalhes do projeto. Entre os moradores/frequentadores, 52% relataram perceber melhora em aspectos da vida cotidiana devido às arrecadações, especialmente em relação à alimentação. O questionário FIES, aplicado nos moradores/frequentadores, revelou que 61% apresentavam algum grau de insegurança alimentar, sendo 22% em nível grave, com destaque para moradores em situação de rua e indivíduos com dependência de álcool. Conclusão: O projeto Medicina Solidária mostrou-se relevante para a sustentabilidade das casas de apoio e para a melhoria da qualidade de vida de seus beneficiários, especialmente no enfrentamento da insegurança alimentar. No entanto, observa-se a necessidade de ampliar a visibilidade, o reconhecimento e divulgação do projeto, de modo potencializar e consolidar seu impacto social.
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