Participação dos receptores metabotrópicos de glutamato e da via de sinalização por óxido nítrico no desenvolvimento da esquizofrenia
Palavras-chave:
Esquizofernia, glutamato, receptores metabotrópicos de glutamato, óxido nítrico, isolamento socialResumo
Esquizofrenia é uma perturbação mental de alta prevalência na população, desencadeada por fatores biopsicossociais, associados a fatores biológicos - genéticos e fisiológicos, que prejudicam as atividades funcionais dos indivíduos portadores. Seus sinais e sintomas são divididos em três grandes grupos: positivos, negativos e cognitivos. As drogas antipsicóticas tradicionais, que atuam diretamente na via dopaminérgica, têm demonstrado ineficiência no alívio dos dois últimos. Evidências relatam estreita relação entre a neurotransmissão dopaminérgica e sua regulação pela glutamatérgica em várias regiões cerebrais como córtex pré-frontal e hipocampo, tanto por receptores ionotrópicos quanto metabotrópicos. Os receptores metabotrópicos apresentam maior especificidade que os ionotrópicos, provavelmente devido à sua distribuição mais concentrada em áreas cerebrais específicas e sua atividade moduladora sobre a função dos próprios receptores ionotrópicos. Adicionalmente, inúmeros estudos têm contribuído para estabelecer uma relação entre a neurotransmissão glutamatérgica e o óxido nítrico na fisiopatologia da esquizofrenia. O aumento da ativação dos receptores NMDA influencia os sintomas da doença por ativarem a via de sinalização NO/cGMP/PKC. Entretanto, os estudos são ainda divergentes em relação ao papel do NO nos mecanismos cerebrais envolvidos nesta neuropatologia. Modelos experimentais farmacológicos e não farmacológicos têm sido utilizados para estudar as alterações cerebrais que ocorrem na esquizofrenia e podem contribuir para esclarecer os mecanismos envolvidos assim como identificar novos alvos terapêuticos para o tratamento de seus sintomas.
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