Ocorrência de cryptococcus sp em guanum de aves coletados em locais públicos do município de Catanduva, estado de São Paulo

Autores

  • Manzelio Cavazzana Junior Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata
  • Joice Dias Cucik
  • Marianna Agusta Sansoni

Palavras-chave:

Guanum, Fungos, Cryptococcus

Resumo

Os agentes etiológicos das doenças fúngicas pulmonares podem se desenvolver em diversas fontes de matéria orgânica. Por serem fungos dimórficos, possuem uma grande versatilidade metabólica e pouca exigência nutricional, sendo assim, podem se desenvolver em madeira em decomposição, lixo orgânico e principalmente em fezes de aves. Muitas espécies de aves são sociais e formam ninhais em tanto no meio rural quanto no ambiente urbano, especialmente em praças com árvores de médio e grande porte. Este comportamento gera o acúmulo de fezes na forma de “guanum” que permitem o crescimento de fungos como Cryptococcus neoformans e Hystoplasma capsulatum . O Hystoplasma capsulatum  é um fungo oportunista sistêmico, muito relacionado em pacientes HIV + já as espécies do gênero Cryptococcus são  considerados patógenos   e acometem indivíduos  imunocompetentes. Nesse estudo demonstramos a presença de Cryptococcus sp em fezes de pombos (Collumbus sp) de ninhais encontrados em um hospital e praças públicas da cidade de Catanduva.  Nossos resultados mostram que dos cinco pontos de coleta analisados em três foram encontrados a fungos do gênero Criptococcus, o entorno de um hospital e 4 praças públicas foi enconrado uma grande quantidade de “guanum” e de 5 amostras analisadas em 3 foram positivas para Cryptococcus. Nas amostras coletadas não foram encontradas colônias fúngicas com a morfologia compatível com o gênero Histoplasma. Nossos resultados indicam a necessidade da manutenção constante da limpeza dessas praças ou do controle efetivo da quantidade dessas espécies de aves que habitam esses locais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1) de Faria, R.O., Nascente, P.S. et al.Ocorrência de Cryptococcus neoformans em excretas de pombos na Cidade de Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 43(2):198-200, mar-abr, 2010.
2) Baroni FA. Ocorrência de Cryptococcus neoformans em excretas de pombos localizadas em torres de igrejas na cidade do Rio de Janeiro: fatores de virulência e sensibilidade aos antifúngicos [Tese de Doutorado]. [São Paulo(SP)]: Instituto de ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo; 2001.
3) Cermeño JR, Hernández I, cabello I, Orellán Y, cermeño JJ, Albornoz R, et al. Cryptococcus neoformans and Histoplasma capsulatum in dove’s (Columbia livia) excreta in Bolívar State, Venezuela. Rev Latinoam Microbiol 2006; 48:6-9
4) Colom MF1, Frasés S, Ferrer C, Martín-Mazuelos E, Hermoso-de-Mendoza M, Torres-Rodríguez JM, Quindós G. [Epidemiological study of cryptococcosis in Spain: first results].Rev Iberoam Micol. 2001 Sep;18(3):99-104.
5) Emeka i. Nweze, fred a. Kechia, uju e. Dibua, charles eze & uwakwe s. Onoja. Isolation of Cryptococcus neoformans from environmental samples collected in southeastern nigeria Rev. Inst. Med. Trop. Sao Paulo 57(4):295-298, July-August, 2015.
6) Firacative1C, LizarazoJ, Illnait-Zaragozí, M.T., Castañeda E. The status of cryptococcosis in Latin America. Mem Inst Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Vol. 113(7): e170554, 2018.
7) Faria RO, Nascente PS, Meinerz ARM, Cleff MB, Antunes TA, Silveira ES, et al. Ocorrência de Cryptococcus neoformans em excretas de pombos na cidade de Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul. Rev Soc Bras Med Trop. 2010;43:198-200.
8) Filiú WF, Wanke B, Agüena SM, Vilela VO, Macedo RC, Lazéra MS. Cativeiro de aves como fonte de Cryptococcus neoformans na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Rev Soc Bras Med Trop. 2002;35:591-5.
9) Granados DP, Castañeda E. Isolation and characterization of Cryptococcus neoformans varieties recovered from natural sources in Bogotá, Colombia, and study of ecological conditions in the area. Microb Ecol. 2005;49:282-90.
10) Horta JA, Staats CC, Casali AK, Ribeiro AM, Schrank IS, Schrank A, et al. Epidemiological aspects of clinical and environmental Cryptococcus neoformans isolates in the Brazilian state Rio Grande do Sul. Med Mycol. 2002;40:565-71.
11) Calvo BM, Colombo AL, Fischman O, Santiago A, Thompson L, Lazera M, et al. Antifungal susceptibilities, varieties, and electrophoretic karyotypes of clinical isolates of Cryptococcus neoformans from Brazil, Chile, and Venezuela. J Clin Microbiol. 2001; 39(6): 2348-50.
12) Ramírez-Prada J, Robledo SM, Velez ID, Crespo MDP, Quiroga J, Abonia R, et al. Synthesis of novel quinoline-based 4,5-dihydro-1Hpyrazoles as potential anticancer, antifungal, antibacterial and antiprotozoal agents. Eur J Med Chem. 2017; 131: 237-54.
13) Canessa JC, Cabrera D, Eskenazi J, Samalvides F. Associated factors for in-hospital mortality in patients with meningeal cryptococcosis and HIV infection at a local hospital in Lima, Peru. World J AIDS. 2011; 1(1): 8-14.
14) Cangelosi D, De Carolis L, Trombetta L, Wainstein C. Criptococosis meníngea asociada al SIDA. Análisis de los pacientes varones HIV (+) con criptococosis meníngea internados en la Sala 11 del Hospital Francisco J Muñiz. Rev Assoc Med Argent. 2009; 122(4): 22-7.
15) Lizarazo J, Peña Y, Chaves O, Omaña R, Huérfano S, Castañeda E. [Early diagnosis of Cryptococcosis and Histoplasmosis in patients living with AIDS. Preliminary report]. IQEN. 2002; 7: 453-8.

Downloads

Publicado

2021-12-30

Como Citar

Junior, M. C., Cucik, J. D., & Sansoni, M. A. (2021). Ocorrência de cryptococcus sp em guanum de aves coletados em locais públicos do município de Catanduva, estado de São Paulo. Manuscripta Medica, 4, 4–9. Recuperado de https://manuscriptamedica.com.br/revista/index.php/mm/article/view/59

Edição

Seção

Ciências Biológicas