Impacto psicossocial da pandemia de COVID-19 em trabalhadores de uma instituição privada de longa permanência de idosos no interior de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.59255/mmed.2022.72Palavras-chave:
instituição de longa permanência para idosos, trabalhador da saúde, saúde mental, COVID-19Resumo
Introdução: A relação entre trabalho e saúde mental já era amplamente discutida e o contexto da pandemia da COVID-19 originou circunstâncias inusitadas nesta associação. Objetivo: Descrever possíveis efeitos do cenário pandêmico à saúde mental dos trabalhadores da área da saúde em Instituição de Longa Permanência de Idosos (ILPI). Material e Métodos: Em dezembro de 2020, foram aplicados questionários a todos os cuidadores formais de idosos e profissionais da saúde atuantes numa ILPI privada, localizada no interior de São Paulo. Dados sociodemográficos e ocupacionais foram coletados e aplicados os instrumentos COPE breve e Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Resultados: Do total de 24 participantes, a estratégia mais relatada foi aceitação, seguida de atividades de caráter religioso. O escore mediano do SRQ-20, foi de 4,0 (Q1=1,3 e Q3=6,8). Seis participantes (25%) apresentaram probabilidade de Distúrbios Psíquicos Menores (DPM), com SRQ-20 ≥ 7, sendo que todos estes relataram nervosismo, tensão, preocupação e sentimento de cansaço constante. Nas estratégias de “desinvestimento emocional” e “humor” de enfrentamento à pandemia, os participantes com probabilidade de DPM apresentaram escores medianos superiores, estatisticamente significativos, quando comparados àqueles sem probabilidade de DPM. As variáveis de escolaridade, carga horária de trabalho, idade e testagem positiva para COVID-19 não demonstraram associação com DPM. Conclusão: Foi observada probabilidade de DPM em 25% dos profissionais de saúde e diferenças no uso das estratégias “desinvestimento comportamental” e “humor” entre os profissionais com e sem probabilidade de DPM.
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